A história das rendas.
Se tem algo que remete ao romantismo no mundo da moda, certamente são as rendas. Presentes desde a antiguidade, elas são versáteis e combinam perfeitamente com looks elegantes e despojado. Isso é o que vemos há tempos nas passarelas da Alta-Costura e das grandes grifes.
Realçar a beleza e destacar a elegância das curvas femininas estão entre os objetivos da renda. No início do século XVII e XVIII, a renda era usada em adornos da cabeça, babados, aventais e enfeites nos vestidos. Ela transmitia (e transmite até hoje) pureza e elegância.
A Família Real portuguesa trouxe a renda para o Brasil e a tornou a ocupação de freiras em conventos que teciam para os altares das igrejas. As primeiras rendeiras são do Nordeste. Esse trabalho foi passado de geração para geração e começou a ser produzido com matérias-primas como algodão, seda, viscose, náilon e elastano. Esse procedimento fez com que a renda se tornasse um material de menor custo.
Durante um bom tempo, as rendas ficaram restritas aos trajes de noiva e roupas íntimas. A grande diferença, do surgimento da renda até hoje, é que esse tecido pode se impor no look como um todo, seja em vestidos, calças ou blusas.
Utilizar uma peça rendada em uma composição formal, com uma saia preta, por exemplo, é básico e comum. Experimente brincar com as peças e combinar uma blusa de rendas com um jeans destroyed. Mesclar peças consideradas formais com outras peças casuais é uma grande saída para transformar a sua composição.
Os protagonistas desse look foram a calça jeans e a blusa vermelha rendada. Ao combinar as peças com um tênis metalizado e bordado, forma-se uma composição incrível para um almoço com as amigas. Trocando o tênis por um sapato estilo bonequinha, o look fica romântico e super moderno para um jantar.
Aposte nessa ideia e experimente misturar peças clássicas com as atuais tendências
Maria Luiza Grazziotin Brites
Jornalista e desde sua graduação se dedica ao jornalismo de moda.
Repórter do canal oficial das maiores feiras calçadistas do país, o SICC e a Zero Grau, e também possui um blog em torno dessa área, assim como um programa na rádio Spaço FM, o Spaço Trends.